#3 | Garoa Hostel
- Maisa Dalben
- 7 de out. de 2014
- 4 min de leitura
Terceiro hostel das aventuras da ovelha mochileira. E pela primeira vez a experiência foi um pouco mais desagradável do que agradável. Lembrando sempre que a opinião que eu coloco aqui é pessoal, de uma mulher, se hospedando sozinha, cansada de trabalhar o dia inteiro e em busca mais de sossego do que bagunça. Se você se encaixa nesse perfil, ou algo parecido, talvez esse não seja o local mais adequado.
A localização do hostel consegue ser ótima e horrível ao mesmo tempo. A Rua Guaicuí fica no Largo da Batata, a 1 quarteirão da Av. Faria Lima e da Estação Faria Lima do metrô. Até aí, maravilha! Condução pra qualquer ponto de SP de bus ou metrô. O problema, na real, é o Largo da Batata... A galera que anda por alí é, digamos, sinistra. Não me senti segura quando cheguei, são muitos botecos (no sentido literal mesmo, não aqueles bonitinhos) por metro quadrado, de noite a barra pesa um pouquinho e definitivamente não é o melhor lugar pra uma mulher, sozinha, ficar zanzando depois que escurece. Achei que durante o dia fosse melhor... até é, mas tem muito mais jeito de centro do que bairro (sujo, muitos bares e oficinas mecânicas uma do lado da outra). Well, pra minha visão deveras "coxinha", não me senti tranquila.
Bom, agora o hostel... Fachada super ok. Destoa 100% do resto da rua, bem bonitinho. Dentro é uma casa, jardim na frente e a sala de estar é a recepção. Achei o ambiente meio escuro, o que dava a sensação de sujo. Mas pode ser a iluminação só.

O próximo cômodo seguindo para os fundos da casa tem uma mesa de sinuca... Ainda sou fã do hostel com o vídeo-game, mas pra quem está viajando com galera ou que curte fazer amizades é bem legal. Tem um ar meio de boteco, que no final acaba até combinando com as redondezas (rs).

O próximo cômodo é a cozinha... que já vem com uma crítica. Não usei a cozinha, na verdade. Sempre tinha alguém cozinhando e ela não é lá muito grande. Mas a minha má impressão veio quando um dia de manhã, fui lavar minha louça do café (que não precisava lavar, mas ninguém tinha me avisado). Panos de prato sujos, cheios de mosquitos, pia toda nojenta. A cozinha fica aberta para o quintal, é previsível que qualquer sujeira ou lixinho vá lotar de bichos. Não foi nada legal...

Nos fundos da casa tem o jardim, e é onde é servido o café da manhã. De quinta rola um happy-hour organizado pelo hostel com caipirinha, balde de cerveja, etc. Porém, pelo visto não é só no dia do happy que a galera do hostel curte tocar o boteco (incluindo a galera que trabalha no hostel). Logo no dia que eu cheguei, ficou uma galera bebendo até bem de madrugada, rindo alto (novamente a lei do silêncio não existe, dane-se o sono dos outros hóspedes) e no dia seguinte descobri que pessoas que trabalhavam no hostel estavam bebendo junto com a galera. Pra mim pegou bem mal. Não é ser puritana, mas sei lá... bom, talvez seja... Avaliem como quiserem.
O café é bom... simples e bom. Café, leite, pães, frutas, suco, frios e cereais. O café ao ar livre é uma delícia... menos no dia de chuva (rs). Aí fica meio complicado.



Na parte esquerda do jardim tem um corredor que leva para os quartos. Tem uma porta de ferro que no dia do happy-hour fica fechada (ufa!). Contei 4 quartos na parte inferior + banheiros e subindo um lance de escadas estava o quarto onde eu fiquei hospedada (coletivo feminino) e mais um que aparentemente era privado + banheiro.


O quarto não é nem o melhor, nem o pior de todos. São 3 beliches, cada cama com seu armário, luz individual e tomada. Simples mas bem arrumado. Porém, logo de cara tive que tirar uma meia dúzia de cabelos da cama e do travesseiro enquanto arrumava os lençóis. Os lençóis vieram manchados. A princípio achei que era maquiagem... mas quando pedi pra trocar, a menina na recepção me avisou de que a secadora está queimando os lençóis. Ok, acontece... Ela trocou a fronha e o lençol deixei do jeito que estava mesmo. Eles disponibilizam também uma cobertinha.





Os quartos não são suítes. O banheiro fica no mesmo corredor e é dividido em uma cabine para o banho e outra para o vaso. A pia fica do lado de fora dos dois. Diferente... meio chato quando você sai do banho e toma uma rajada de vento gelado na orelha, mas sem dramas. Foi de boa.

No geral a parte da hospedagem foi a melhor parte. O que mais complicou foi a localização e a galera fazendo zona. Mas, de novo, é a opinião de alguém que não está de férias... acorda cedo e chega um bagaço de cansada. Se forem se hospedar com famíliares ou amigos, com certeza a visão vai ser outra.
Agora as notas da Gigi
Portas do quarto | 4
As portas do quarto são de madeira, furadinhas tipo persiana, e tem uma segunda porta de vidro que fecha por dentro. De noite fazia um frio... um ventinho gelado... Osso!
Banheiro | 4,5
Pouco espaço. Como a parte onde fica a pia do banheiro já é no corredor, o único espaço para tirar a roupa é dentro da própria cabine do chuveiro. Super estreita, as roupas tem que ser penduradas na porta, molha fácil... E no último dia, a fechadura estava quebrada.
Staff | 6
O pessoal da recepção, quando precisei foram bem legais. Mas no café, a galera parecia que estava de má vontade pra dar uma informação. Fora os papinhos de "diz que me disse". "Fulano é isso, ainda bem que a fulana não veio trabalhar, ciclano bebeu todas e atendeu o hospede bêbado". Não são coisas que você fique super sussa de escutar.
nota final (0-5) | 2,0

PS 01 | Não perguntei se eles fechavam o mês porque não me senti a vontade nem em 3 dias. Sorry.
PS 02 | Foi o hostel com mais estrangeiros que fiquei até agora. Pra galera que quer colocar o inglês em dia é legal.
PS 03 | Toalha R$ 3,00. Sem fio egípcio (rs) fininha mesmo.
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